GÊNERO REPORTAGEM QUESTÕES COM GABARITO 7ª ANO
Os textos I e II tratam
da questão da automedicação. Leia-os para responder às questões de 01 a 06.
TEXTO I
DR. INTERNET: OS
CUIDADOS NA AUTOMEDICAÇÃO
Uma dorzinha aqui, outro
incômodo ali: nem tudo se resolve com uma pesquisa online. Pelo contrário, a
automedicação pode levar a sérias consequências
Dor de
cabeça, dor de estômago, azia, um pouquinho de febre, uma dor meio estranha
aqui do lado.
Sintomas
como os descritos acima são apenas algumas das formas que o corpo tem para
sinalizar que alguma coisa não está funcionando bem. E, como ninguém gosta de
se sentir mal, nosso primeiro instinto é buscar uma solução – e rapidamente.
Assim, prevalece o costume de fazer uma pesquisa bem superficial na internet
sobre os sintomas na internet.
Mas,
o que realmente causou o mal-estar em primeiro lugar? Essa é uma pergunta que costuma passar sem
resposta. O hábito de tratar sintomas isolados, sem o diagnóstico preciso de
uma doença, continua fazendo parte do nosso dia a dia. Aceitar uma dica da
família ou dos amigos para resolver uma tosse ou uma queimação chata no
estômago é visto como algo bem mais fácil do que procurar um médico.
Só que
tem um problemão aí. A automedicação virou, por si só, uma questão de saúde
pública e está no radar da Organização Mundial de Saúde (OMS) desde a década de
1980. Segundo a OMS, as pessoas estão tomando remédios demais, e ainda tomando
errado.
Uma
pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) divulgada em
2014 mostrou que 76,4% dos entrevistados praticam a
automedicação. O número é maior entre jovens de 16 a 24 anos (90,1%
se automedica) e entre pessoas com educação superior (84,4%). Ou seja, nem dá
para dizer que a culpa é só da falta de informação ou do acesso restrito ao
sistema de saúde.
Clínica online
Em 2011,
o estudo internacional de saúde Bupa Health Pulse, realizado pela London School
of Economics and Political Science (LSE), mostrou que 87% dos brasileiros
buscam informações sobre saúde na internet.
Mas a
consulta ao Doutor Internet não pode e não deve servir como diagnóstico e,
menos ainda, como receituário. Até porque a automedicação tem consequências,
como profetiza o aviso sobre a dengue nos anúncios. Entre 2009 e 2014, quase 60
000 internações causadas por automedicação foram registradas no Brasil. E aí
uma dorzinha de nada tratada com o comprimido errado acaba incomodando muito
mais do que um telefonema jamais feito para o consultório médico.
De
remédio em remédio, os sintomas – e as soluções definitivas – podem acabar
ficando perdidas
Em maio
de 2017, a NZN Intelligence divulgou algumas informações sobre automedicação no
Brasil. Segundo a plataforma de pesquisas, os remédios que as pessoas mais
compram por conta própria são os analgésicos, resposta de 88% das pessoas que
participaram do estudo. Em segundo lugar, vêm os anti-inflamatórios (67%) e, em
terceiro, os antiácidos (48%). Cada remédio errado afeta o corpo de uma maneira
específica. No caso dos antiácidos, usados para acalmar desconfortos
estomacais, o uso indiscriminado pode acabar maquiando problemas de saúde mais
graves.
A importância de se consultar com especialista
Queimação
no estômago, sensação de inchaço abdominal, dores e refluxo são sintomas que
afetam cerca de 44% da população, de acordo com um estudo conduzido no Rio
Grande do Sul. Dos quase 4 000 indivíduos que participaram da pesquisa, 27%
relataram ter essas sensações de forma frequente, mais de seis vezes ao mês.
O
desfecho mais natural para um quadro de queimação ou desconforto estomacal é ir
até a farmácia. Mas pode não ser tão simples assim. Queimação, sensação de
empachamento, refluxo e dores estomacais podem ser a expressão da
presença de alguma bactéria em seu organismo.
A melhor
coisa, portanto, é procurar por um especialista. É comum, por exemplo, sentir
um desconforto depois de um fim de semana de churrasco com a turma. Mas, se os
sintomas começarem a impactar na qualidade de vida, é bom tomar uma providência.
Pessoas com histórico familiar de câncer no estômago também devem marcar uma
consulta preventiva, mesmo que não tenham sintomas.
“Quando o
paciente começa a ter uma sintomatologia frequente – se tem os sintomas uma ou
duas vezes por semana, se os desconfortos começam a atrapalhar os momentos de
lazer ou a própria alimentação –, deve procurar um médico”, orienta o professor
Jaime Zaladek Gil.
Disponível em:
https://super.abril.com.br/saude/dr-internet-os-cuidados-na-automedicacao.
Acesso em: 13 de agosto de 2018.
QUESTÃO
01. Pela leitura do texto I, é CORRETO afirmar que
A) a
automedicação é mais comum entre pessoas com educação superior e jovens acima
do 30 anos.
B) uma
pequena parcela da população do Brasil busca informações sobre saúde na internet.
C) o
uso indiscriminado de antiácidos, usados para acalmar desconfortos estomacais,
pode mascarar
problemas
de saúde mais graves.
D) no
Brasil, os remédios que as pessoas mais compram por conta própria são os
anti-inflamatórios .
QUESTÃO
02. Segundo o texto I, NÃO é considerada uma causa de automedicação
A) a
recomendação de amigos ou parentes.
B) a
urgência em tratar sintomas isolados.
C) as
pesquisas superficiais sobre sintomas.
D) a
falta de acesso ao sistema de saúde.
QUESTÃO
03. A finalidade principal desse texto é
A)
criticar as pessoas que fazem uso de medicamentos sem acompanhamento médico.
B)
denunciar os tratamentos de saúde realizados sem o acompanhamento de
especialistas.
C)
valorizar os tratamentos prescritos por familiares e amigos.
D)
informar os perigos e as consequências da automedicação.
QUESTÃO
04. No trecho “Sintomas como os descritos acima são apenas algumas das formas
que o corpo tem para sinalizar que alguma coisa não está funcionando bem”, a
forma verbal em destaque indica um evento
A)
acabado.
B)
duvidoso.
C)
constante.
D)
possível.
QUESTÃO
05. Na frase “Segundo a OMS, as pessoas estão tomando remédios demais, e ainda
tomando
errado”,
a palavra destacada expressa uma circunstância de
A)
modo.
B)
dúvida.
C)
intensidade.
D)
tempo.
TEXTO
II
A automedicação é a utilização de medicamentos por conta
própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, para tratamento de doenças
cujos sintomas são “percebidos” pelo usuário, sem a avaliação prévia de um
profissional de saúde (médico ou odontólogo). Fonte: http://www.anvisa.gov.br
QUESTÃO
06. Do texto II, pode-se inferir que
A) faz
uma ponderação positiva a respeito da automedicação.
B)
traz um alerta quanto a riscos desse hábito.
C) se
trata de um aviso aos profissionais de saúde.
D)
apresenta um conceito de automedicação.
Gabarito
1 C
2 D
3 D
4 C
5 A
6 D
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